Pregunta:
¿Cual es la poesía mas romántica que has escuchado o leído en tu vida?
preguntólogo libre
2007-05-10 20:53:49 UTC
Si lo recuerdan díganme el nombre y el autor, por favor.
Seven respuestas:
Diana M
2007-05-12 12:29:23 UTC
EL POEMA DEL RENUNCIAMIENTO



Pasaras por mi vida sin saber que pasaste.

Pasaras en silencio por mi amor, y al pasar,

fingiré una sonrisa, como un dulce contraste

del dolor de quererte ... y jamás lo sabrás.



Soñare con el nácar virginal de tu frente;

soñare con tus ojos de esmeraldas de mar;

soñare con tus labios desesperadamente;

soñare con tus besos ... y jamás lo sabrás.



Quizás pases con otro que te diga al oído

esas frases que nadie como yo te dirá;

y, ahogando para siempre mi amor inadvertido,

te amare más que nunca ... y jamás lo sabrás.



Yo te amare en silencio, como algo inaccesible,

como un sueño que nunca lograré realizar;

y el lejano perfume de mi amor imposible

rozará tus cabellos ... y jamás lo sabrás.



Y si un día una lágrima denuncia mi tormento,

-- el tormento infinito que te debo ocultar --

te diré sonriente: "No es nada ... ha sido el viento".

Me enjugaré la lágrima ... ¡y jamás lo sabrás!
tlacaélel
2007-05-14 19:53:08 UTC
Me gusta el siguiente poema en particular ya que es un homenaje a la mujer. El autor es Vinicius de Moraes



Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde

E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...

Mas tende piedade também dos que andam de automóvel

Quantos enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.





Tende piedade das pequenas famílias suburbanas

E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos

Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam

E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina





Tende muita piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta

Que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina

Mas tende mais piedade ainda do impávido forte colosso do esporte

E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.





Tende imensa piedade dos músicos de cafés e de casas de chá

Que são virtuoses da própria tristeza e solidão

Mas tende piedade também dos que buscam o silêncio

E súbito se abate sobre eles uma ária da Tosca.





Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram

E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução

Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram

E tornam-se heróicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.





Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos

Quem em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão

E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão

Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe onde vão...





Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros

Que se efeminam por profissão mas são humildes nas suas carícias

Mas tende maior piedade ainda dos que cortam o cabelo:

Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus!





Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria

Quem lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos

Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo

Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus.





Tende piedade dos homens úteis como os dentistas

Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer

Mas tente mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia

Que muito eles gostariam de ser médicos, Senhor.





Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos

Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão

Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes

Fazei, Senhor, com que deles não saiam políticos também.





E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tenha piedade das mulheres

Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres

Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres

Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!





Tende piedade da moça feia que serve na vida

De casa, comida e roupa lavada da moça bonita

Mas tende mais piedade ainda da moça bonita

Que o homem molesta — que o homem não presta, não presta, meu Deus!





Tende piedade das moças pequenas das ruas transversais

Que de apoio na vida só têm Santa Janela da Consolação

E sonham exaltadas nos quartos humildes

Os olhos perdidos e o seio na mão.





Tende piedade da mulher no primeiro coito

Onde se cria a primeira alegria da Criação

E onde se consuma a tragédia dos anjos

E onde a morte encontra a vida em desintegração.





Tende piedade da mulher no instante do parto

Onde ela é como a água explodindo em convulsão

Onde ela é como a terra vomitando cólera

Onde ela é como a lua parindo desilusão.





Tende piedade das mulheres chamadas desquitadas

Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade

Mas tende piedade também das mulheres casadas

Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.





Tende piedade, Senhor, das mulheres chamadas vagabundas

Que são desgraçadas e são exploradas e são infecundas

Mas que vendem barato muito instante de esquecimento

E em paga o homem mata com a navalha, com o fogo, com o veneno.





Tende piedade, Senhor, das primeiras namoradas

De corpo hermético e coração patético

Que saem à rua felizes mas que sempre entram desgraçadas

Que se crêem vestidas mas que em verdade vivem nuas.





Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres

Que ninguém mais merece tanto amor e amizade

Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade

Que ninguém mais precisa tanto alegria e serenidade.





Tende infinita piedade delas, Senhor, que são puras

Que são crianças e são trágicas e são belas

Que caminham ao sopro dos ventos e que pecam

E que têm a única emoção da vida nelas.





Tende piedade delas, Senhor, que uma me disse

Ter piedade de si mesma e da sua louca mocidade

E outra, à simples emoção do amor piedoso

Delirava e se desfazia em gozos de amor de carne.





Tende piedade delas, Senhor, que dentro delas

A vida fere mais fundo e mais fecundo

E o sexo está nelas, e o mundo está nelas

E a loucura reside nesse mundo.





Tende piedade, Senhor, das santas mulheres

Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim

Piedoso com todos, que tudo merece piedade

E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!
LACRIMOSA
2007-05-14 17:52:59 UTC
TE QUIERO A LAS DIEZ DE LA MAÑANA



Te quiero a las diez de la mañana, y a las once, y a las doce del día. Te quiero con toda mi alma y con todo mi cuerpo, a veces, en las tardes de lluvia. Pero a las dos de la tarde, o a las tres, cuando me pongo a pensar en nosotros dos, y tú piensas en la comida o en el trabajo diario, o en las diversiones que no tienes, me pongo a odiarte sordamente, con la mitad del odio que guardo para mí.



Luego vuelvo a quererte, cuando nos acostamos y siento que estás hecha para mí, que de algún modo me lo dicen tu rodilla y tu vientre, que mis manos me convencen de ello, y que no hay otro lugar en donde yo me venga, a donde yo vaya, mejor que tu cuerpo. Tú vienes toda entera a mi encuentro, y los dos desaparecemos un instante, nos metemos en la boca de Dios, hasta que yo te digo que tengo hambre o sueño.



Todos los días te quiero y te odio irremediablemente. Y hay días también, hay horas, en que no te conozco, en que me eres ajena como la mujer de otro. Me preocupan los hombres, me preocupo yo, me distraen mis penas. Es probable que no piense en ti durante mucho tiempo. Ya ves. ¿Quién podría quererte menos que yo, amor mío?



JAIME SABINES
2007-05-12 14:03:07 UTC
Los veintiún de Neruda me gustan mucho... Anotaría también la "Égloga I" de Garcilaso y el soneto de Quevedo (que no me acuerdo el número) que termina "Polvo serán mas polvo enamorado" pero mi preferido es de Oliverio Girondo:



"Se miran, se presienten, se desean,

se acarician, se besan, se desnudan,

se respiran, se acuestan, se olfatean,

se penetran, se chupan, se demudan,

se adormecen, se despiertan, se iluminan,

se codician, se palpan, se fascinan,

se mastican, se gustan, se babean,

se confunden, se acoplan, se disgregan,

se aletargan, fallecen, se reintegran,

se distienden, se enarcan, se menean,

se retuercen, se estiran, se caldean,

se estrangulan, se aprietan se estremecen,

se tantean, se juntan, desfallecen,

se repelen, se enervan, se apetecen,

se acometen, se enlazan, se entrechocan,

se agazapan, se apresan, se dislocan,

se perforan, se incrustan, se acribillan,

se remachan, se injertan, se atornillan,

se desmayan, reviven, resplandecen,

se contemplan, se inflaman, se enloquecen,

se derriten, se sueldan, se calcinan,

se desgarran, se muerden, se asesinan,

resucitan, se buscan, se refriegan,

se rehuyen, se evaden, y se entregan".
2007-05-11 04:26:11 UTC
todo el libro 20 poemas d amor y una cancion desesperada d pablo neruda
Casi_Sapiens
2007-05-11 04:22:32 UTC
Coincido con Janice en que lo mas bonito que jamàs haya leìdo es lo de Pablo Neruda.

Solo que en mi caso me fascinò el Poema Nro. 20; y seguì el link de Janice para saber el Nro. porque en realidad no me acordaba como se llamaba. Es que lo leì cuando era mas joven, y al decir de ese poema "nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos"..

saludos...
Noname
2007-05-11 04:01:28 UTC
Es de Pablo Neruda, el Poema 10 de "20 Poemas de Amor y una Canción Desesperada":

http://www.poemas-del-alma.com/poema-10.htm


Este contenido se publicó originalmente en Y! Answers, un sitio web de preguntas y respuestas que se cerró en 2021.
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